Manual completo para perder o medo de falar em apresentações

Você já tentou fazer um bolo com apenas um ingrediente? Se tentou, certamente o resultado final não foi dos melhores. Vamos a um segundo cenário: você já tentou fazer um bolo sem observar os processos? Você poderá até ter um bolo, mas certamente imaginou que ele poderia ter ficado melhor. Agora pense no cenário em que você deixou de fazer a calda desse bolo, simplesmente por medo de errar as medidas ou queimá-la. De fato, você já tem o bolo, mas a calda é o toque especial. Esse é exatamente o mesmo raciocínio quando o assunto é realizar uma apresentação ou ter medo de falar durante elas.

Assim como no bolo, utilizar apenas um “ingrediente”, aqui, abre inúmeras chances de que sua apresentação seja desinteressante. Em contrapartida, abarrotar sua apresentação também não é a solução. Ela corre o risco de, por exemplo, ficar “doce” demais e/ou “queimada”. Da mesma maneira que existem diferentes tipos de bolos, cada um com a sua receita, boas apresentações também podem ter diferentes ingredientes e nós separamos uma bem especial.

7 técnicas de oratória para perder o medo de falar em qualquer apresentação

Seja você mesmo

Você já se pegou pensando o que os outros pensariam se você agisse do modo X ou do modo Y? Já refletiu se durante um momento específico julgaram sua performance? Essas são exatamente as situações que você deve abolir não só em apresentações, mas também na vida. 

A naturalidade ao falar bem sempre cativa e aproxima os ouvintes, deixando-os mais receptivos para o conteúdo que desejamos apresentar, seja ele qual for. Evite exageros e entenda que a comunicação é uma via de mão dupla, ou seja, para que seja assertiva ela deve ser entendida e bem interpretada por todas as pessoas envolvidas.

Conte histórias

Sabe aquele momento em que você precisa de um(a) amigo(a) para contar algum acontecimento da sua semana? Você recolhe o máximo de informações possíveis, coloca os acontecimentos na ordem desejada e começa a conversa. Esse é um exemplo bem simples de que você pratica a técnica storytelling frequentemente.

Por promover conexão entre as pessoas envolvidas, a contação de histórias é uma estratégia pontual quando o assunto é perder o medo de falar em apresentações dos mais variados gêneros.

Organize um roteiro

Você acorda, abre os olhos, escova os dentes, lava o rosto e senta-se para tomar café da manhã. Esse é um exemplo de roteiro que você provavelmente segue e nem sabe. Ele pode ser um pouco diferente, mas no final das contas você acaba vivendo ela no seu dia a dia. É mais ou menos assim que funcionam os roteiros para não ter medo de falar durante apresentações.

Organizar sua fala em início, meio e fim irá lhe auxiliar no controle do medo de falar, no nervosismo e também no entendimento do seu público sobre o que está sendo passado. É simples: estabeleça o assunto que vai ser tratado e como você fará essa abordagem.

Tenha um ritmo de fala fluido

Além da má escuta e interpretação da mensagem que está sendo passada, a fala com velocidade muito acelerada ou muito devagar pode até mesmo causar irritação nos demais participantes do podcast e o principal: nos ouvintes.

• Capriche na articulação das palavras, não deixando de pronunciar nenhuma sílaba. Treine na frente do espelho abrindo bem a boca, mexendo a língua e articulando bastante;
• Mantenha a respiração constante, respeite as pausas naturais da fala e também o final de cada frase. Se isso for difícil para você, tente conversar como se estivesse lendo. Com o treino isso ficará mais natural.

Mantenha uma modulação de voz coerente

O nome pode até remeter a uma técnica hiper super mega blaster difícil, mas a verdade é que a modulação de voz consiste apenas nas mudanças de tonalidades entre falas. Uma analogia simples que resume a importância da modulação de voz é: falar sem utilizar essa técnica é como ter uma refeição sem tempero. Você até passa a mensagem, mas de uma forma muito entediante. Entretanto, manter a voz linear demais não é algo positivo durante nenhum diálogo.

Utilize analogias

Em regra, a analogia é uma das figuras de linguagem mais utilizadas, geralmente, para fazer uma comparação direta entre conceitos, fatos ou ideias. Popularmente ela é conceituada como “falar uma coisa para explicar outra” e, na verdade, a ideia é mais ou menos essa. Para propor uma analogia há a criação de um paralelo entre coisas distintas que tenham algo em comum, possibilitando uma conclusão acessível para o(s) ouvinte(s). A técnica é tão boa que é utilizada durante produções de séries e filmes, tendo como exemplo, La Casa de Papel.

Distribua seu contato visual para todas as regiões do público

Responsável por influenciar variadas áreas cerebrais em um sistema que integra cognição, emoção e ação; e envolve estímulos que despertam atenção, concentração e memória, o contato visual promove uma série de processos conscientes e inconscientes. Em situações de um público amplo, onde não é possível a distribuição do olhar de pessoa para pessoa, busque sempre distribuir seu contato visual para todas as regiões do público. 

Faça isso de maneira alternada, ou seja, não fique tempo demais em apenas uma região. Uma boa alternativa é associar a distribuição de ideias ao contato visual, ou seja, apresentar a ideia X e observar a região X, logo em seguida apresentar a ideia Y e mirar o olhar para a região Y. Todavia, cuidado para não promover um olhar mecânico e robotizado.

Dica bônus

Agora você já sabe o que fazer. Mas e o que não fazer?

• Ler o slide;
• Andar de um lado para o outro ou mexer o quadril de forma frenética;
• Apontar o dedo para o público;
• Começar com uma piada desconfortável;
• Ficar de costas para a platéia;
• Colocar a mão nos bolsos ou ficar mexendo em pulseiras e colares.

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