Analogias: como usar a técnica para ser mais persuasivo
Falar em público, conversar com os amigos, realizar uma apresentação de negócios, discursar em um congresso. As situações são as mais variadas possíveis, mas há um elemento que, caso o seu objetivo seja atingir a excelência, pode estar presente em todas elas: as analogias.
Mas peraí, o que é uma analogia?
De origem latina, a palavra “analogia”, significa proporção, simetria. Em regra, a analogia é uma das figuras de linguagem mais utilizadas, geralmente, para fazer uma comparação direta entre conceitos, fatos ou ideias. Popularmente ela é conceituada como “falar uma coisa para explicar outra” e, na verdade, a ideia é mais ou menos essa.
Para propor uma analogia há a criação de um paralelo entre coisas distintas que tenham algo em comum, possibilitando uma conclusão acessível para o(s) ouvinte(s). Um aspecto interessante é que, normalmente as analogias vêm acompanhadas de conjunções (conectivos) de comparação: assim como, como, da mesma forma, tal qual, entre outros.
Um exemplo curioso e que comprova que as analogias podem ser utilizadas em diversos cenários, é uma das cenas da parte 2 da quinta temporada de La Casa de Papel, lançada em 2021. Ao explicar o apoio que o grupo receberia da população, Professor diz que num jogo entre Brasil x Camarões, o Brasil venceria. Mas que o mundo todo, exceto os brasileiros, torceriam para Camarões, pelo fato de ser a menor equipe. O resultado? Os integrantes do grupo, por mais diferentes que fossem, conseguiram captar e internalizar a mensagem.
Mas tome cuidado: a analogia tem o propósito de simplificar, não confundir.
Afinal, metáfora e analogia são ou não a mesma coisa?
Não. Ambas são sim utilizadas para a construção de relações de semelhança, porém, ocorrem de formas diferentes. Enquanto as analogias são construídas por meio da utilização de duas ideias para concluir em uma só, na metáfora há a comparação implícita por meio da acréscimo de outro significado em uma palavra, construindo muitas vezes um cenário de sentido figurado. Calma, já vamos aos devidos exemplos:
- Analogia: De grão em grão a galinha enche o papo (pouco a pouco, com paciência, podemos conseguir o esperado).
- Metáfora: Lúcia é um doce (ou seja, Lucia é amável); Os dentes do pente (estruturas que compõem o material), Está tão calor que parece um forno (remetendo ao calor)
Quando utilizar uma analogia?
Antes de colocar alguma técnica em prática, é necessário entender o processo comunicacional e de certa forma, o processo humano. Tenha em mente que as pessoas são mais receptivas a informações familiares, e que o esforço empregado para compreender um conceito totalmente novo é muito maior do que o necessário para entender algo que já é conhecido ou subentendido. Além disso, o cérebro constrói novas memórias a partir de outras, estabelecendo conexões entre elas. Sendo assim, se você conseguir resgatar algum conceito que seja familiar ao seu público e associar essa informação à ideia que está transmitindo, as chances de fixar o conteúdo na mente dele são muito maiores.
Mas lembre-se: o uso das analogias requer não só conhecer bem a audiência (sua cultura e seus costumes), como precisa estar bem alinhado com a mensagem que você quer passar. Para algumas audiências mais bem informadas, o uso excessivo de metáforas pode desqualificar a sua mensagem.
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