8 segredos para aprender a falar bem e com confiança
Transmitir confiança é como ensinar alguém a andar de bicicleta: é preciso equilíbrio, segurança e foco. É como se você fosse um guia. Assim acontece também com a confiança em quem está comunicando. Antes de qualquer dica, lembre-se: falar bem e com confiança não é só assunto para o ambiente profissional. A habilidade também implica diretamente nas relações pessoais.
A virada de chave acontece quando você entende que ao transmitir confiança, você precisa primeiro olhar para si, e em seguida reproduza isso para outras pessoas.
Por que tenho dificuldades de falar bem e com firmeza?
Simples: o ser humano tem medo de errar, demonstrar incompetência ou ser julgado. É aí que há a criação da ansiedade. Ela é produzida porque o cérebro codifica essas situações como grandes ameaças. Ahhh, nesse ponto é importante citar que o cérebro humano não consegue distinguir a urgência de um predador e a tensão pré-apresentação em público. Traduzindo: emoções resultam mudanças biológicas. O que acontece é que, quando o ser humano se depara com o alerta de “perigo”, adrenalina e noradrenalina entram em ação e preparam o corpo para lutar ou fugir rapidamente. Nessas condições, o sistema nervoso simpático dilata as pupilas, inicia a sudorese e estimula o fluxo de sangue para nossos músculos. A liberação de adrenalina no sangue traz à tona sintomas como tremedeira, sudorese, taquicardia, boca seca, falta de apetite, suor, etc.
8 dicas para que você aprenda agora a falar bem e com confiança
Conheça seu público
Parece óbvio, mas não é. Seja seu público de 1 ou 1000 pessoas, o conhecimento sobre ele é um elemento vital para que a sua comunicação seja assertiva. Este “banco de dados” prévio permite que você saiba pontualmente o que dizer. Caso fale para uma quantidade maior de pessoas, se possível, converse com alguns membros desse público antes. Esse bate-papo ajudará a ter uma visão clara sobre expectativas e interesses.
Encare os erros como uma nova chance
Ninguém nasce sabendo fazer tudo. Esse é o mandamento número 1 para todos aqueles momentos em que você pensa o motivo pelo qual não sabe ainda fazer algo ou por qual razão ainda não executa tão bem determinada tarefa; nesse caso, falar bem e com confiança. Os erros são universais e, até certo ponto, inevitáveis. Eles acontecem o tempo todo. O ponto é o modo como você responde a eles.
Utilize as poses de poder e fortaleça sua linguagem corporal
Se ao ler esse título você pensou em super heróis, você acertou. Trazidos por Amy Cuddy, psicóloga e professora de Harvard, os estudos sobre as “poses de poder” demonstraram que, ao levantar os braços em comemoração, o cérebro provoca uma descarga de testosterona (hormônio da dominância); ao mesmo tempo, restringe a produção de cortisol (hormônio do estresse) e diminui a sensação de nervosismo. Ou seja, você realmente se sente vitorioso(a) e menos intimidado(a).
Ok, mas como são as poses de poder? Aqui vão algumas que você pode escolher:
- Abrir o peito e esticar os braços;
- Erguer os braços para festejar vitória;
- Punhos fechados, mãos na cintura, peito estufado e cabeça erguida – caso a imagem do Super-Homem tenha vindo à cabeça, não é por mera coincidência.
A emoção acaba sendo transferida para o comportamento. Então, você demonstra fisicamente aquilo que está dentro de você, de forma subjetiva. Funciona como uma via de mão dupla. A alteração corporal acaba refletindo na emoção.
“Nosso corpo muda a nossa mente. Nossa mente muda os nossos pensamentos. Nossos pensamentos mudam o nosso destino”. – Amy Cuddy
Seja flexível
Imagine que todos os dias você faz exatamente o mesmo caminho para o trabalho. Você passa pelas mesmas ruas, pela mesma faixa dessa rua (seja ela direita ou esquerda) e por aí vaí. Imagine que é tudo igualzinho. Agora, responda para si próprio: quantas oportunidades você já perdeu de conhecer uma rua nova, uma paisagem nova e até mesmo pessoas novas, simplesmente por não abrir-se para algo diferente?
Esse é o princípio da flexibilidade: atitudes iguais geram resultados iguais. O desejo por algo novo precisa de uma nova atitude. Vejamos de acordo com o tema desse blog. Se você chegou até aqui, certamente tem alguma dificuldade em falar bem e transmitir confiança, certo? Então vamos ao cenário no qual você fala baixo, mantém as mãos no bolso, não interage com as pessoas envolvidas na comunicação, não defende com bons argumentos aquilo que acredita e por aí vai. O resultado você já sabe. Que tal, então, começar a trabalhar a modulação de voz e a linguagem corporal, abrir um espaço de diálogo com as demais pessoas e pontuar em um roteiro todos os seus argumentos?
Exercite seu mindset
Em tradução livre, a palavra mindset significa “configuração da mente”. Bastante popular no mundo do empreendedorismo, esse é um conceito utilizado para descrever as diferentes mentalidades de um indivíduo e como elas influenciam nas escolhas de cada um. Mas há um ponto importante que merece ser destacado: ainda que essa configuração seja determinante para a visão de mundo, o mindset pode ser mudado e desenvolvido de acordo com o contexto. Quando o assunto é a ansiedade social, essa é uma das técnicas que jamais pode ser deixada de lado.
Ressignifique os sentimentos
Desenvolver o mindset correto pode ajudar na ressignificação de sensações, por exemplo, em uma apresentação de um novo projeto na empresa, transforma-se medo em empolgação.
Mude o foco
Invista seu tempo pensando na importância da transmissão correta da mensagem. Repita essa prática até que o medo fique menor, tendo como insight conseguir sentir que o importante não é você, mas a mensagem que está sendo passada e o quanto ela é fundamental para o(s) seu(s) ouvinte(s).
Jogue a bolinha
Em situações em que a ansiedade aparece em meio a uma conversação, encare a interação como algo simples, por exemplo “jogar uma bolinha para o outro”, e não como algo imensamente extraordinário. Essa é uma prática que lhe ajudará a enxergar que as situações não são monstros.
Reconheça suas crenças limitantes
Você cresce ouvindo seus pais falando que perder a timidez é impossível e que falar bem é um dom para poucos. O resultado? Ao atingir determinada idade, sua concepção é de que, realmente, perder a timidez não é para você.
Esse é um exemplo muito comum de crenças limitantes, que em linhas gerais são conceituadas como pensamentos e atitudes negativas, que formulamos em relação a vários aspectos da nossa vida.
- Pense em algum problema que está te incomodando e o explique, utilizando “porque”. Em toda frase, depois do “porque” há um motivo. É ele que você quer trabalhar a seguir;
- Agora, questione-se com outro “motivo” para isso acontecer com você, utilizando o resultado do questionamento anterior. O ideal é repetir este processo até não haver mais respostas para as perguntas. Faça tudo livre de julgamentos críticos e expondo seus medos, vergonhas ou frustrações;
- Com uma lista de motivos, agora é preciso analisar todos eles. Identificar quais deles são apenas afirmações verdadeiras e quais são crenças realmente limitantes. É necessário realizar esse exercício com calma, estar com a cabeça livre de tarefas, e claro, ser objetivo em sua investigação.
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