8 estratégias de como parar de falar “tipo”
O assunto de hoje é aquele que né, tipo assim mano, faz parte da rotina de muitas pessoas. Com apenas essa frase você já é capaz de descobrir do que estamos falando? São eles, os vícios de linguagem.
Eles estão presentes nos mais variados cenários, desde uma conversa entre amigos até uma importante reunião de negócios. O motivo? Eles podem ser vários, por exemplo, convivência com pessoas que já possuem esses vícios, vocabulário pobre e o mais comum: o hábito de preencher o silêncio.
Nos casos em que os vícios de linguagem são causados por outro fator, fora o hábito de preencher as pausas, as soluções são mais pontuais, principalmente por realmente possuírem uma raíz para o problema. Hoje falaremos exatamente dessa necessidade incessante de preencher o silêncio. Você já parou para pensar que independente do vício, seja ele um “tipo assim” ou um “mano”, se você tirá-lo da frase, ele não fará falta alguma?
8 dicas de como parar de falar “tipo”
Tomar consciência
A decisão de mudar determinado hábito pode sim acontecer em qualquer momento. Porém, isso não é sinônimo de que a mudança em si será fácil. Vamos ao exemplo de uma pessoa que tirou carteira de motorista mas tem dificuldades de engatar a primeira marcha sem deixar o carro “afogar”. Para mudar esse cenário, o primeiro passo é exatamente o reconhecimento da falha. Ignorar o erro não resolverá em nada, pelo contrário, apenas trará estresse mental e desgastes físicos no próprio veículo.
O processo de como parar de falar “tipo” em nada se diferencia. Tudo é questão de hábito e do quão seu cérebro é alimentado para X ou Y atitude.
Fale o vício, mas se arrependa depois
Continuando no exemplo acima, da dificuldade com o engate da primeira marcha. Após reconhecer o erro, o próximo passo é aceitá-lo nas vezes em que ele ocorre, porém, reconhecer em que momento ele ocorreu – foi soltar a embreagem rápido demais? Ou foi soltar a embreagem devagar demais? – E tentar fazer melhor na próxima. O desapego com os vícios de linguagem acontece seguindo o mesmo processo.
Controle a ansiedade de preencher o vazio
Existem algumas práticas e exercícios que se bem realizados, geram ótimos resultados para aquele momento em que você reflete sobre como parar de falar “tipo”. O primeiro passo para que essa prática seja bem-sucedida é manter uma constância de treinos, pois assim como a academia precisa de frequência, o cérebro também. A partir disso, você conquistará mais confiança e domínio daquilo que está fazendo/falando, de maneira a esquecer a existência da ansiedade.
Entre estes exercícios, existe o de fisiologia. A prática é bem simples: basta mentalizar um estado de felicidade, de maneira a se esforçar para alcançar verdadeiramente essa sensação.
Saiba que as pausas são suas aliadas
Antes de mais nada, lembre-se sempre de que a percepção de tempo é diferente para quem está falando e para quem está ouvindo. É comum que ao pausar sua fala você fique com a impressão de que muito tempo se passou, mas para quem ouve, é o tempo ideal para digerir o que foi dito. Por isso: não tenha medo do silêncio.
As pausas têm inúmeras funções durante um discurso: servem como um momento de reflexão, aumentam o grau de emotividade, dão um tempo para que as pessoas assimilem o que foi dito e muito mais…
Imagine um comediante de stand up. É só ele, um palco e um microfone. Nada de efeitos visuais especiais ou qualquer outro recurso. Ele não só precisa prender a atenção da plateia, como também deve arrancar uma risada sincera e genuína, que consequentemente se transformará em uma indicação do espetáculo na roda de amigos.
Agora que você já entendeu o que são e como funcionam as pausas na fala, chegou a hora de saber em quais momentos inseri-las durante sua fala. São eles:
- Entre a introdução e o corpo da apresentação;
- Entre cada ponto principal do desenvolvimento;
- Antes da conclusão.
Pausas em cada um desses lugares dizem ao público: “Aqui vem algo novo”. Jamais esqueça que falar sem parar não é sinônimo de um bom discurso. Isso é a fórmula perfeita para tornar seu discurso confuso, tedioso, monótono e nada persuasivo.
Dicas extras
Estipule exercícios e coloque para gravar
Como dissemos anteriormente, o cérebro não só pode como deve ser treinado. Reserve alguns momentos da sua rotina para treinar como se fosse apresentar determinado assunto. Ao estipular data e horário, posicione seu celular ou câmera e filme sua atuação. Ao terminar, assista sua gravação quantas vezes for preciso. Repare se você utiliza muito o “né” ou qualquer outro vício de linguagem. No próximo treino, fique atento(a) para não repetir os mesmos erros.
Peça feedbacks
Isso mesmo, feedbacks. Apesar de comumente visto apenas em empresas e ambientes corporativos, o feedback deve ser realizado em todos os aspectos da vida. Em linhas gerais, ele funciona como um “retorno” de uma análise sob seus pontos fortes e percepções de pontos que precisam ser desenvolvidos ou adquiridos em um futuro próximo. Um bom feedback é aquele que é dado de maneira construtiva e nunca agressiva ou desrespeitosa.
É aí que entra a dúvida, o que fazer pra pedir a alguém uma avaliação sobre você? Qual a hora certa para fazer isso? A resposta mais honesta para essa pergunta é: depende. Caso esteja com pessoas em que se sente confortável, descubra em quais instâncias é possível pedir feedback. Caso não seja alguém tão próximo, peça o feedback e demonstre que você se importa.
Estude com diferentes materiais
Pode parecer que não, mas existem milhares de materiais que podem te ajudar na jornada de como parar de falar o tão odiado “né”.
Antes de começar a citá-los, é fundamental que você entenda o que são e qual a importância dos sistemas representacionais nisso.
Basicamente, essa é uma área de estudo que estabelece modelos básicos de processamento cerebral, visto que os mesmos variam de acordo com as características de cada indivíduo e a forma como ele recebe e interpreta mensagens.
- Auditivo: pessoas que possuem afeição com a escuta gostam de agir/falar sob uma sequência lógica;
- Visual: indivíduos que aprendem por meio de imagens, fotografias e demais explorações visuais;
- Sinestésico: aqui o corpo e a experimentação são os meios de interpretação.
Vale lembrar que um indivíduo não é representado apenas por um desses canais, mas sim pela predominância de algum deles em determinado momento. O que tudo isso tem a ver com parar de falar “né”?! Simples. Entender o seu funcionamento cerebral lhe ajudará a ser assertivo na escolha dos materiais.
Caso prefira materiais visuais, você pode buscar por vídeos no Youtube, Ted Talks, blogs, e-books e por aí vai. Se o seu perfil tende mais ao auditivo, os podcasts são uma boa pedida. Mas, se você se encaixa mais no perfil sinestésico, busque por mentorias, cursos etc.
Invista em um curso de oratória
Se você chegou até aqui, provavelmente já entendeu a extrema importância da boa comunicação em todos os seus aspectos. E é nesse cenário que entram os cursos de oratória, que vão muito além de ensinar a falar bem em público.
- Conduza e crie apresentações impecáveis;
- Aprenda a ouvir na essência;
- Perca a vergonha de se comunicar;
- Domine técnicas de PNL presentes na oratória;
- Tenha mais clareza e convicção;
- Melhore seu marketing pessoal e seus resultados;
- Acabe com os “brancos” nos momentos de fala;
- Expanda suas conexões neurais;
- Faça networking durante o curso de oratória.
Apesar de todas as dicas de como parar de falar “tipo”, a grande jogada é falar com paixão, autenticidade e espontaneidade.
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