Entrevistas de emprego: 3 dicas de oratória para dar um up
Seja você um profissional que está buscando recolocação no mercado e passando por inúmeras entrevistas de emprego ou um profissional que atua com empreendedorismo, liderança e afins, o domínio da comunicação não deve ser deixado de lado. Caso ainda tenha alguma dúvida do que são as tão faladas soft skills, este é o momento de clarear um pouco as ideias.
O que no inglês chamamos de soft skills, no português conhecemos como: habilidades interpessoais, habilidades comportamentais, habilidades sociocomportamentais e por aí vai. Designada por vários nomes semelhantes, essas habilidades têm relação direta com a maneira como uma pessoa lida com o outro e consigo mesma, ou seja, como ela lida com suas emoções/ sentimentos e, ao mesmo tempo, como é a interação dela em grupo.
Para muitos, essa descrição vai ser ignorada, principalmente quando há a crença de que as habilidades técnicas seguem dominando o mercado e as relações humanas. Mas, se você entendeu que o jogo virou, parabéns. O blog de hoje foi feito especialmente para você. Bora falar naquilo que interessa!
3 dicas de oratória para entrevistas de emprego
Tenha uma escuta ativa
Você já teve a impressão de que, no decorrer de alguma conversa/entrevista, sua atenção foi completamente desviada para outras coisas, desde fatores externos até pensamentos? Já notou que muitas vezes você presta mais atenção na mosquinha que está a sua frente do que no que o outro está falando? Esses são alguns sinais de que sua escuta ativa anda falhando.
Quando falamos em escuta ativa, nos referimos a entender o conteúdo capturado pela escuta e, em seguida, realizar a compreensão e processamento da mensagem internamente.
Ao ter uma escuta ativa/ouvir na essência, basicamente você estará se desligando de sua própria história na intenção de criar ou reconstruir algo com os outros. Mas cuidado: ter uma escuta ativa não significa apenas ouvir. Isso porque ouvir pressupõe apenas saber que outra pessoa está falando, mas não assimilar a mensagem. É nesse caso que a expressão “entrou por um ouvido e saiu pelo outro” tem seu real significado.
5 passos para praticar a escuta ativa
- Reaja ao que as pessoas dizem com naturalidade e equilíbrio. Use os gestos e expressões faciais ao seu favor, demonstrando que há interesse em ouvir o que o outro está falando;
- Evite distrações: a primeira atitude para praticar a escuta ativa adequadamente, é exatamente impedir que as distrações atrapalhem sua concentração,;
- Conceda ao seu interlocutor o tempo necessário para a comunicação, ou seja, não o interrompa ou complete suas frases, visto que isso pode proporcionar um clima desagradável e desrespeitoso;
- Cultive o hábito de fazer perguntas durante uma conversa. Essa é uma forma de comprovar que a mensagem está sendo bem assimilada e que você mantém interesse naquilo que está sendo dito;
- Forneça feedbacks. É a partir deles que você poderá fazer elogios ou críticas construtivas, impulsionando o desenvolvimento do próximo.
Utilize técnicas de Rapport
Estudado na Programação Neurolinguística (PNL), o Rapport consiste em um processo de busca por uma relação de empatia entre os participantes da conversa. É no Rapport que as relações são construídas considerando e respeitando todas as opiniões, de maneira a suspender qualquer julgamento com relação ao outro.
Por meio dessa técnica é que acontece o famoso “quebrar o gelo”, deixando o clima leve e agradável para quem está presente. Praticar Rapport não é difícil, mas exige dedicação, afinal, qualquer indivíduo confia mais em algo, ou alguém, que reflete sua própria personalidade, e durante as entrevistas de emprego isso não é diferente.
Utilizado inclusive por profissionais da área política, o Rapport ganha destaque com a técnica do espelhamento. Acredite se quiser, mas a técnica também é praticada em La casa de papel.
Essa, por sua vez, consiste no espelhamento, ou seja, cópia física dos comportamentos de uma pessoa enquanto há um bate papo. Você pode, por exemplo, se espelhar em gestos, postura corporal, expressões faciais e linguagem verbal. Vamos a mais aplicação? Imagine que há uma pessoa conversando com você pausadamente, ou seja, de forma lenta, com interrupções. Em seu momento de fala tente ajustar sua fala da mesma maneira.
Nada melhor do que entender uma teoria do que por meio da prática. Pensando nisso, separamos um vídeo comercial veiculado na Argentina pela H2oH.
Notou algo em comum entre os membros da família da jovem? Sim, seguindo o gesto da menina, todos os outros familiares começam a passar as mãos nos cabelos, até mesmo o pai, que é careca. À medida em que o namorado da jovem conta sobre sua vida, o movimento se repete. Esse é um exemplo claro de que uma pessoa se sente mais confortável quando há a utilização do Rapport.
Atenção aos gestos involuntários
Imagine que você está passando por uma série de entrevistas de emprego. No meio das conversas, os recrutadores cruzam os braços e começam a movimentar os dedos. Você pensaria que eles estão 100% confortáveis e tendo uma escuta ativa com aquilo que é dito ou deduziria que há um sentimento de tédio ou coisa parecida? É natural do ser humano que a escolha seja a segunda opção, afinal, como já dissemos por aqui: o corpo não fala, ele grita.
As movimentações citadas no exemplo consistem no que chamamos de gestos involuntários. Em linhas gerais, eles são basicamente os gestos usados excessivamente, tornando-se habituais e involuntários. Não controlá-los pode colocar sua fala ou escuta em risco, afinal, você pode ser interpretado de má forma.
Todavia, eles não são infinitos. O primeiro passo de tudo é reconhecê-los, e isso só é possível por meio da auto-observação. Depois, o caminho é a prática do autocontrole e a utilização das técnicas de oratória para gestos e expressões faciais como ferramenta de apoio.
Se você chegou até o final desse artigo, tenha certeza de que sua busca por sucesso nas entrevistas de emprego começou aqui. Caso queira aprofundar seus conhecimentos, é o momento de baixar nosso Guia Gratuito para perder o medo e falar bem em público.
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